quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

CONSUMIDOR NEGRO: O EMERGENTE DO EMERGENTE

Há mais de11 anos realizo pesquisas incluindo a variável “raça/cor” em minhas pesquisas. Pra que isso?
O tema da “moda” e o grande achado do mercado hoje, é falar a respeito da classe C. Incluindo ainda o grupo “D” como um “mercado emergente”. Ele já existia, mas não era percebido como hoje, como o carro chefe da economia.

Os órgãos de pesquisa da administração pública e acadêmicas apontam, que a população “não branca” é a grande massa que veio a engrossar essa nova classe média. Não só as transferências de renda do Governo Federal, mas também e sobretudo pelo aquecimento da economia, que fez elevar a massa salarial da base da pirâmide com as seguintes conseqüências:

1 - aumento de emprego;
2 - aumento de emprego com carteira assinada;
3 - aumento real do salário mínimo;
4 - valorização da mão de obra da construção civil, produção e serviços domésticos.


Nem preciso citar todas as pesquisas e estudos para referendar minha tese. É só dar uma “googada” e pode-se rapidamente chegar as suas conclusões. Mas é fato que a grande massa de “não-brancos” está inserida nesse contexto. Sendo assim, se há uma classe “emergente”, a  nova classe média - afirmo que os “não-brancos”, “pretos e pardos” ou “negros” representa aquilo que chamo de “emergente-do-emergente”.
Ao longo do tempo, o Instituto MAS Pesquisa tem realizado pesquisas sobre a temática o “negro”:
1. Do ponto de vista do empreendedorismo, temos a “Feira-Preta” onde realizamos a pesquisa de perfil do público.
2. Do ponto de vista regional/comercial, tenho realizado pesquisas na região oesta da GSP onde me permite, por exemplo, estabelecer qual a evolução de acesso a internet e o índice de matrícula no ensino superior e demais questões relativas a níveis de renda e potencial de consumo.
3. Do ponto de vista acadêmico, pesquisa de perfil dos pesquisadores negros do Brasil que estejam matriculados em programa do mestrado e doutorado.
4. Do ponto de vista da cultura e juventude temos as pesquisas desenvolvidas para o estudo da cultura Hip Hop e para isso dispomos do instrumento de duas pesquisas realizadas em 2008 e 2009 e que nos permite comparativos de dados ainda inéditos.
Uma grande massa de consumidores passa a fazer parte do mercado de consumo. E grande parte deles é o consumidor “não-branco” que passa a ser mais exigente, que tem dinheiro pra pagar, se orgulha disso, que quer ser bem tratado e está querendo maior atenção. Quem descobrir o que quer, o que pensa, o que deseja esse consumidor, estará a frente de um dos maiores filões de mercado jamais visto.

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